Confiram a reportagem publicada no site da Secretaria de Saúde de Sergipe com Dr. Nelson D’Ávila:
Resfriados, gripes e crises de sinusite, otite, asma, bronquite e rinite alérgica estão entre os vilões quando o assunto é inverno. De acordo com o médico otorrinolaringologista Nelson D’Ávila, essas crises são mais facilmente desencadeadas em cidadãos que já possuem esses diagnósticos. Porém, em virtude das aglomerações mais comuns nesta época do ano, qualquer cidadão pode estar vulnerável aos vírus que causam alguns desses agravos e por isso devem estar atentos aos cuidados necessários para evitar o contágio de doenças.
Conheça as principais causas, os sintomas e como diagnosticar.
O ouvido é composto por 3 partes: externo, médio e interno. O ouvido médio é uma cavidade com ar localizada entre a membrana timpânica (tímpano) e o ouvido interno. A tuba auditiva (trompa de Eustáquio), um canal osteocartilagíneo de comunicação entre ouvido médio e o nariz, tem a função de ventilação e limpeza.
A otite média aguda é a inflamação e o acúmulo de líquido no ouvido médio (parte do ouvido que é uma cavidade com ar), mais comum em crianças, habitualmente causada por infecções virais das vias respiratórias, como resfriados, gripes ou por algum germe (bactéria).
Aproximadamente 70% de todas as crianças terão pelo menos um episódio de otite média antes de completar os 5 anos de idade. Esses episódios acontecem mais no inverno, período em que o número de doenças respiratórias é mais alto.
Além da idade e do inverno, existem outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da otite média aguda, como: frequentar creches, histórico familiar, fumo passivo (pais que fumam perto da criança), curta duração do aleitamento materno ou até a posição de alimentar a criança com a mamadeira. Mas para chegar a ser uma otite média aguda é necessário a interação de vários fatores, sendo os principais a infecção e a disfunção da tuba auditiva.
E quais são os sintomas?
Os principais sintomas são dor – normalmente severa e de aparecimento rápido – e irritabilidade, com ou sem diminuição da audição. Esses sintomas normalmente também estão associados a febre, saída de secreção do ouvido, falta de apetite, fraqueza, dificuldade para dormir e choro persistente.
Como diagnosticar e qual o tratamento?
Para a certeza do diagnóstico o paciente deverá ser examinado por um médico, de preferência otorrinolaringologista, que vai analisar os sintomas e examinar o ouvido através de um exame específico chamado otoscopia. O médico vai avaliar o estado da membrana do tímpano junto com os sintomas para diagnosticar a otite média aguda.
O melhor tratamento é realizado através do uso de medicações sintomáticas, nos casos mais brandos, com reavaliação do paciente em 48 a 72 horas e, sendo identificado que a doença é causada por bactéria, é associado ao uso de antibiótico escolhido pelo médico.
A melhor maneira de evitar episódios de otite média aguda é estar bastante atento aos fatores que ajudam no seu surgimento e evolução, evitando que em períodos do ano, como no inverno, não se tenha um aumento de sua incidência. Qualquer dúvida, consulte um médico.
Thiago Cavalcante Ribeiro
Otorrinolaringologista – CRM SE: 4004
Especialista em Otorrinolaringologia pela ABORL-CCF
Residência em Otorrinolaringologia pelo Hospital Santa Izabel – Bahia
Fellow em Cirurgia Otológica – Implante Coclear – Hospital Irmã Dulce – Bahia
Membro do Corpo Clínico da Clínica Otocenter – Sergipe
Durante a estação mais quente do ano fica difícil resistir a um bom banho de praia ou piscina para aliviar o calor do verão. No entanto, estas atividades extremamente prazerosas e comuns nos meses quentes podem favorecer a um aumento de inflamações e infecções no ouvido. O calor e a umidade são os principais responsáveis por estas situações, que ultrapassam o dobro de casos registrados em outros períodos do ano.
A incidência de otite externa, infecção que atinge o canal externo do órgão auditivo torna-se a queixa de maior incidência dentro dos consultórios médicos otorrinolaringológicos. Sabemos que o contato excessivo com a água e a umidade são as principais causas das infecções nesta época.
Quando o ambiente está úmido e quente, o contato constante com a água pode modificar o revestimento do canal auditivo externo, retirando a proteção do local que é o cerúmen, o que pode ocasionar descamação e coceira. Esse incômodo provoca a necessidade do paciente secar o ouvido constantemente, causando escoriações que facilitam a entrada de bactérias e fungos.
Entre os principais sintomas da otite externa estão dor, coceira, secreção e diminuição da audição.