23 de maio de 2013

Por sugestão da fonoaudióloga Prof. Neuza Josina Sales, é com grande prazer que publicamos no site da Otocenter o artigo da nossa querida amiga e fundamentalmente grande representante da fonoaudiologia brasileira, a Prof. Dra. Mara Belau:

TERAPIA DIRETA E INDIRETA PARA DISFONIAS

                                                                                                     por Mara Behlau

 

          A terapia de voz muda a forma como as pessoas usam e cuidam de suas vozes. Os fonoaudiólogos, além de definirem a orientação filosófica que pretendem seguir, pelo fato da voz ser um comportamento, têm ainda uma ampla possibilidade de escolha de abordagens comportamentais para implementar um programa de reabilitação. Algumas terapias específicas são associadas a certos quadros, como LSVT para Doença de Parkinson e manipulação laríngea para disfonia por tensão muscular. Entretanto, não há necessariamente um roteiro definido para cada distúrbio vocal e, frequentemente, os fonoaudiólogos criam uma abordagem personalizada e eclética, de acordo com a avaliação do paciente, levando em consideração sua queixa, os desvios encontrados, o impacto funcional e as demandas sociais e profissionais. Embora o diagnóstico médico seja um pré-requisito ao trabalho fonoaudiólogo, questionável no atendimento do paciente disfônico, isso não determina necessariamente a forma como o mecanismo vocal de um paciente é utilizado e, portanto, não define o eixo da terapia. O reequilíbrio da função vocal é um processo muito mais complexo, que muitas vezes exige reajuste terapêutico continuado, ao longo das sessões.

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