Coceira no ouvido, dor, corrimento são indicativos da doença
Inflamação é comum no verão (Fotos: Verão Infonet) |
Coceira, dor, diminuição da audição, corrimento e sensação de ouvido cheio são indicativos da otite externa. Essa doença, muito comum no verão por conta de banhos de mar e em piscinas, pode ser gerada por bactérias, fungos e até por alergias. De acordo com o otorrinolaringologista Jeferson D’ávila, deve-se ficar atento aos sintomas e evitar colocar objetos dentro do ouvido, pois pode ser um meio de contaminação voluntária.
“Otite externa nada mais é do que inflamação com infecção ou não do conduto auditivo externo e da orelha. Com relação aos tipos, existem três: a relacionada a alergias, chamada de eczematosa; a bacteriana, que ocasiona a otites externas variadas; e a micótica, que é a micose causada por fungos”, explica o médico, que faz uma ressalva com relação a eczematosa, pois também pode ser desencadeada por alimentos.
Mais comuns em crianças, a otite externa pode ser desencadeada caso a pessoa possua algum ferimento no ouvido e entre em contato com água contaminada de mar, rio, piscina e até de chuveiro, segundo informa Jeferson. “O ferimento é um fator desencadeador. Mas às vezes há contaminação também sem ferimento, e isso acontece quando há um germe virulento, ou seja, forte”, esclarece.
O médico indica que o tratamento na maioria das vezes é apenas clínico, ou seja, com a realização de limpeza e colocação de soluções adequadas no ouvido, e, a depender do tipo da otite, o paciente pode se tratar com antibióticos, antifúngicos ou antialérgicos. Os casos de cirurgia são indicados apenas quando existem complicações.
E sobre o tratamento sem o devido acompanhamento do otorrinolaringologista, Jeferson D’ávila adverte, e garante que esta é uma prática perigosa. “É proibido colocar remédio sem prescrição médica. Pior ainda é colocar outras substâncias, como álcool, perfume e outras soluções. Isso às vezes dá uma sensação de refrescância, alívio, como se fosse um anestésico, mas piora ainda mais, pois além do quadro de infecção, vai aparecer o irritativo”, chama a atenção.
Otorrinolaringologista fala sobre tratamento |
Com relação à prevenção, o médico sugere que as pessoas não mexam no ouvido, pede que tenham cuidado com mergulhos exagerados, principalmente os que demoram muito e os que são em locais profundos, e alerta mais uma vez para que sejam evitados ambientes com água contaminada, como piscinas maltratadas e mar poluído.
Limpeza
Aproveitando os esclarecimentos sobre otite externa, o otorrinolaringologista explica como a limpeza da orelha e do ouvido deve ser feita. “A haste flexível [cotonete] é adequada para o uso na parte do pavilhão da orelha, ou seja, a parte externa. Lá dentro a gente costuma dizer que é bom enxugar com papel higiênico, uma toalhinha, e somente até onde o dedo alcance. É necessário ter todo o respeito com o ouvido e com a manipulação das hastes, pois o mau uso pode fazer com que a cera seja empurrada e compactada, causando, às vezes, um trauma no conduto”, orienta.
Por Monique Garcez
Fonte: http://www.infonet.com.br/verao/2015//ler.asp?id=166355
Confira também o vídeo onde o Dr. Jeferson fala sobre otite para a TV Sergipe:
Durante a estação mais quente do ano fica difícil resistir a um bom banho de praia ou piscina para aliviar o calor do verão. No entanto, estas atividades extremamente prazerosas e comuns nos meses quentes podem favorecer a um aumento de inflamações e infecções no ouvido. O calor e a umidade são os principais responsáveis por estas situações, que ultrapassam o dobro de casos registrados em outros períodos do ano.
A incidência de otite externa, infecção que atinge o canal externo do órgão auditivo torna-se a queixa de maior incidência dentro dos consultórios médicos otorrinolaringológicos. Sabemos que o contato excessivo com a água e a umidade são as principais causas das infecções nesta época.
Quando o ambiente está úmido e quente, o contato constante com a água pode modificar o revestimento do canal auditivo externo, retirando a proteção do local que é o cerúmen, o que pode ocasionar descamação e coceira. Esse incômodo provoca a necessidade do paciente secar o ouvido constantemente, causando escoriações que facilitam a entrada de bactérias e fungos.
Entre os principais sintomas da otite externa estão dor, coceira, secreção e diminuição da audição.