DEFICIÊNCIA AUDITIVA ATINGE 9,7 MILHÕES DE BRASILEIROS

27 de maio de 2013

Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem deficência auditiva (DA), o que representa 5,1% da população brasileira. Deste total cerca de 2 milhões possuem a deficiência auditiva severa (1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos), e 7,5 milhões apresentam alguma dificuldade auditiva. No que se refere a idade, cerca de 1 milhão de deficientes auditivos são crianças e jovens até 19 anos. O censo também revelou que o maior número de deficientes auditivos, cerca de 6,7 milhões, estão concentrados nas áreas urbanas.

Já, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (2011) 28 milhões de brasileiros possuem algum tipo de problema auditivo, o que revela um quadro no qual 14,8% do total de 190 milhões de brasileiros, possuem problemas ligados à audição.

Pesquisas também apontam que o número de deficientes auditivos no Brasil deve somente crescer, pois, além do aumento da população idosa no país, que saltou de 2,7% para 7,4% da população apontado pelo censo do IBGE de 2010, as deficiências auditivas que poderiam ser reversiveis se constadas até 6 meses de idade, apesar da obrigatoriedade do teste da orelhinha, de acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia – SBO, são constadas a partir de 4 anos, idade considerada tardia pelos médicos. Outra pesquisa realizada no Rio de Janeiro em 2010 afirma que cerca de 20% das crianças com idade pré-escolar possuem algum grau de deficiência auditiva, porém não identificada.

O SBO afirma que cerca de 15% a 20% da população no país tem zumbido, sintoma que indica perda auditiva. Destes, apenas 15% se sentem incomodados com o barulho e procuram ajuda médica. A entidade também aponta que cerca de 30% a 35% das perdas de audição são creditadas à exposição a sons intensos, sejam eles em ambientes profissional ou em lazer (como shows ou aparelhos eletrônicos), bem como, ao aumento do nível de ruído nas grandes cidades.

As Academias de Audiologia, Otorrinolaringologia e Pediatria afirmam que aproximadamente 0,1% das crianças no mundo nascem com deficiência auditiva severa e profunda. Nas crianças até dois anos, a surdez pode ser causada por meningite bacteriana ou virótica (a maior causa de surdez no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Educação para Surdos – INES); trauma na cabeça associada à perda de consicência ou fratura craniana; medicação ototóxica; e infecção de ouvido persisitente ou com duração por mais de três meses além da surdez congênita.

 

Fonte: SBO/IBGE  (ADAP – Associação dos Deficientes Auditivos , Pais, Amigos e Usuários de Implante Coclear) – disponível em: http://adap.org.br/site/index.php/comunicados/artigos/20-deficiencia-auditiva-atinge-9-7-milhoes-de-brasileiros

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